Tecnologia é a primeira palavra que vem à cabeça quando o assunto é inovação. Apesar de fundamental, a capacidade de gerar conhecimento é muito mais uma questão de diálogo e de relacionamentos sociais. A afirmação foi feita pelo assessor de Gestão e Conhecimento da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Filipe Cassapo, na palestra ministrada por ele sobre Inovação nas Indústrias e Institutos de Pesquisa, que encerrou o seminário “Em busca da Excelência na Gestão”, promovido pela ABIPTI, nos dias 29 e 30 de março, em Brasília (DF).
Cassapo iniciou a palestra mencionando a importância do exercício constante do diálogo entre todos os atores do Sistema Nacional de Ciência e Tecnologia – universidades, empresas, fornecedores, indústria, investidores públicos e privados, terceiro setor, além da própria sociedade. “A geração de novas ideias só é possível por meio da aproximação entre as partes envolvidas em todo o processo”, diz.
Para exemplificar, o palestrante apresentou o case da empresa de soluções odontológicas Angelus, em Londrina (PR), reconhecida pelo investimento constante em ciência e tecnologia. O fundador, um dentista inconformado com o tempo gasto durante a realização de procedimentos odontológicos, iniciou uma busca pela inovação com vistas ao aprimoramento do seu trabalho. Desde então, a Angelus estreitou o relacionamento com universidades e centros de pesquisa.
“Muita gente se pergunta: o que uma empresa de odontologia tem a ver com pesquisas aeroespaciais? Com diálogo, descobriram materiais mais resistentes e converteram esse novo conhecimento em resultado”, exemplifica.
Outra maneira que, para muitos, pode parecer brincadeira, segundo Cassapo, é o diálogo feito pela internet. Hoje as redes sociais como Twiitter, Facebook, Youtube, Orkut, entre tantas outras, permitem a interação e a construção de relacionamentos. Pessoas distantes cultural, temporal ou geograficamente conseguem se comunicar e trocar informações, acelerando e prospectando novas ideias de forma rápida e eficaz.
A própria Fiep, conta ele, por meio do Centro Internacional de Inovação, deu início, em 2009, ao portal Rede de Inovação (www.redeinovacao.org.br), um ponto de encontro digital entre pesquisadores, empreendedores e organizações governamentais que compartilham notícias, resultados e eventos por meio de vídeos, fotos e textos. O portal é feito de forma colaborativa com as entidades focadas em inovação.
Dentro desse cenário, o palestrante ressaltou a relevância dos institutos de pesquisa como elo fundamental da inovação na conversão do conhecimento em serviços e produtos para as empresas. E nesse propósito, a excelência na gestão garante a qualidade de todos os processos.
“De acordo com o Modelo de Excelência na Gestão (MEG), essa excelência é a capacidade de perseguir os propósitos em harmonia com o mundo em que estamos inseridos. Há de se levar em conta o pensamento sistêmico em consonância com as questões socioambientais e a valorização das pessoas”, assinala.
As parcerias são fundamentais, completa o palestrante, uma vez que por meio delas, empresas e demais organizações conseguem se inteirar sobre as etapas da inovação. Muitas vezes as empresas não sabem, por exemplo, como iniciar um planejamento estratégico. Também surgem dúvidas nos processos de captação de fomento.
“Pode parecer difícil começar uma conversa, mas ações simples, como promover encontros onde um pesquisador possa levar seu conhecimento a empresários, é uma boa maneira de começar. O seminário da ABIPTI, por exemplo, foi uma excelente oportunidade, uma vez que reuniu importantes representantes do setor de C&T”, conclui.
Fonte: Gestão C&T Nº 1024
Data: 05/04/2011
Para exemplificar, o palestrante apresentou o case da empresa de soluções odontológicas Angelus, em Londrina (PR), reconhecida pelo investimento constante em ciência e tecnologia. O fundador, um dentista inconformado com o tempo gasto durante a realização de procedimentos odontológicos, iniciou uma busca pela inovação com vistas ao aprimoramento do seu trabalho. Desde então, a Angelus estreitou o relacionamento com universidades e centros de pesquisa.
“Muita gente se pergunta: o que uma empresa de odontologia tem a ver com pesquisas aeroespaciais? Com diálogo, descobriram materiais mais resistentes e converteram esse novo conhecimento em resultado”, exemplifica.
Outra maneira que, para muitos, pode parecer brincadeira, segundo Cassapo, é o diálogo feito pela internet. Hoje as redes sociais como Twiitter, Facebook, Youtube, Orkut, entre tantas outras, permitem a interação e a construção de relacionamentos. Pessoas distantes cultural, temporal ou geograficamente conseguem se comunicar e trocar informações, acelerando e prospectando novas ideias de forma rápida e eficaz.
A própria Fiep, conta ele, por meio do Centro Internacional de Inovação, deu início, em 2009, ao portal Rede de Inovação (www.redeinovacao.org.br), um ponto de encontro digital entre pesquisadores, empreendedores e organizações governamentais que compartilham notícias, resultados e eventos por meio de vídeos, fotos e textos. O portal é feito de forma colaborativa com as entidades focadas em inovação.
Dentro desse cenário, o palestrante ressaltou a relevância dos institutos de pesquisa como elo fundamental da inovação na conversão do conhecimento em serviços e produtos para as empresas. E nesse propósito, a excelência na gestão garante a qualidade de todos os processos.
“De acordo com o Modelo de Excelência na Gestão (MEG), essa excelência é a capacidade de perseguir os propósitos em harmonia com o mundo em que estamos inseridos. Há de se levar em conta o pensamento sistêmico em consonância com as questões socioambientais e a valorização das pessoas”, assinala.
As parcerias são fundamentais, completa o palestrante, uma vez que por meio delas, empresas e demais organizações conseguem se inteirar sobre as etapas da inovação. Muitas vezes as empresas não sabem, por exemplo, como iniciar um planejamento estratégico. Também surgem dúvidas nos processos de captação de fomento.
“Pode parecer difícil começar uma conversa, mas ações simples, como promover encontros onde um pesquisador possa levar seu conhecimento a empresários, é uma boa maneira de começar. O seminário da ABIPTI, por exemplo, foi uma excelente oportunidade, uma vez que reuniu importantes representantes do setor de C&T”, conclui.
Fonte: Gestão C&T Nº 1024
Data: 05/04/2011