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segunda-feira, 2 de abril de 2012

Morre Millôr Fernandes



Millôr Fernandes morreu aos 87 anos, de falência múltipla dos órgãos, na noite da última terça-feira, 27 de março, segundo informou o Cemitério Memorial do Carmo, no bairro do Caju, Rio de Janeiro. Nascido no Rio de Janeiro, no dia 16 de agosto de 1923, foi registrado, contudo, em 27 de maio de 1924. Por isso, em diversos lugares, seu ano de nascimento aparece como 1924.
No perfil oficial do escritor no Twitter, uma mensagem postada nesta quarta diz: “o mestre foi… Nosso eterno carinho”.
Biografia
Perdeu o pai dois anos após seu nascimento e a mãe, cerca de seis anos depois. “Tive a sensação da injustiça da vida e concluí que Deus em absoluto não existia”, escreveu, sobre a infância na capital carioca.
Em 1938, deu início a sua carreira de jornalista, como repaginador da revista O Cruzeiro. No mesmo ano, escreveu o conto A Cigarra, ganhou um concurso da revista e foi promovido para o arquivo. Mais tarde, assinava a coluna Poste Escrito, sob o pseudônimo de Vão Gogo. Dirigiu também a revista em quadrinhos O Guri e Detetive, de contos policiais.
Em 1940, começou a colaborar com a seção As garotas do Alceu, como colorista. Em 1942, fez sua primeira tradução literária, do romance A estirpe do dragão, da americana Pearl S.Buck. Em 1946, lançou Eva sem costela – Um livro em defesa do homem, sob o pseudônimo de Adão Júnior. No ano seguinte, sua participação na revista O Cruzeiro já atingia a marca de dez seções por semana. Em alta, encontrou-se com Walt Disney, Vinicius de Moraes, César Lates e Carmen Miranda nos Estados Unidos, em 1948.
No ano seguinte, assinou seu primeiro roteiro para o cinema, com Modelo 19, filme que ganhou cinco prêmios Governador do Estado de São Paulo, entre eles Melhores diálogos para Millôr. Em 1951, lançou a revista Voga, que não fez sucesso.
Em 1955, dividiu com o desenhista americano Saul Steinberg o primeiro lugar da Exposição Internacional do Museu da Caricatura de Buenos Aires, na Argentina. Nesse ano escreveu as peças Bonito como um Deus, Um elefante no caos, que lhe rendeu um prêmio de Melhor Autor pela Comissão Municipal de Teatro, e Pigmaleoa.
Em 1962, na edição de 10 de março de O Cruzeiro, passou a assinar como Millôr. Em 1969, foi um dos fundadores do jornal O Pasquim. Um ano depois, deixa a revista e começa a trabalhar no jornal Correio da Manhã. Em 1974, lançou a revista Pif-Paf, que fechou em seu oitavo número, por problemas financeiros. No ano seguinte, escreveu para Fernanda Montenegro a peça É…, que se tornou o seu grande sucesso teatral.
Em 1996, passou a colaborar com os jornais O Dia, O Estado de São Paulo e Correio Braziliense. Ao longo de sua carreira, escreveu mais de 30 livros em prosa, três de poesia, além de mais de quinze peças para teatro. Depois de colaborar com os principais jornais brasileiros, passou a escrever para a revista Veja, em setembro de 2004. Deixou a revista em 2009.